terça-feira, 30 de outubro de 2007

Para Issy Blow





Alexander Mcqueen volta ao topo com sua coleção para o verão de 2008. Lembraremos do show de inverno como uma “crise” na carreira do estilista. Afinal, somos seres humanos suscetíveis ao erro. Mesmo que “errar” signifique apresentar uma coleção saída do seu pior pesadelo.
Mcqueen realizou um desfile inspirado na mulher que o colocou na cena fashion. Isabella Blow nasceu em 1958, Londres. Um nome de extrema importância para a moda. E de uma personalidade teatral.
Apesar de ser filha de um Sir milhonário, Isabella exerceu, quando jovem, trabalhos dos mais peculiares. Mudou-se para os EUA e lá trabalhou com Guy Larroche e depois para a Vogue americana. De volta a Londres se firmou como fashionista, trabalhando como principal editora da Tatler. Issy (como era chamada pelos amigos) era uma mulher com comportamento e estilo para ditar o futuro da moda. Visionária, comprou toda a coleção de graduação de Mcqueen. Por míseras 5.000 libras!
Os chapéus exagerados feitos por Philip Treacy era sua marca. Dizia que os usava para manter as pessoas afastadas. Aos 48 anos e sofrendo de uma depressão grave, Isabella Blow tomou uma dose letal de Paraquat.
Alexander decidiu então fazer o show em sua homenagem. A coleção foi apresentada em um cenário completamente branco, que recriou o ar de nostalgia singular de Issy. As modelos entraram usando os chapéus de Philip Treacy. A assinatura de Mcqueen estava em todas as roupas, com formas únicas, curvas exageradas, uma silhueta disforme e criativa.
Vestidos psicodélicos, diferente de tudo e lindíssimos, foram mostrados.
No fim do show, Alexander e Treacy entraram de braços dados e receberam os aplausos de reconhecimento. Isabella que deve ter ficado orgulhosa de seus pupilos.

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